terça-feira, 22 de março de 2016

ATPS LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

ETAPA 3

Passo 1 e Passo 2

Atividades que envolvem leitura e escrita de textos de memória (Parlendas, trava- línguas, músicas).



Segundo Ana Teberosky, a simples exposição do aluno ao ambiente ou contexto alfabetizador não garante a aquisição de habilidades de leitura e escrita. Eles aprendem a linguagem escrita através do contato social direto, interagindo com o objeto de estudo e da observação a outros leitores e escritores.

 Portanto, cabe ao professor:

• oportunizar aos alunos o convívio diverso e intenso em situações de leitura e escrita, a fim de aumentar o letramento e facilitar assim o processo da alfabetização;
• ser parceiro dos alunos encorajando-os a falar e escrever as suas ideias (desejos,
tristezas, alegrias) para conhecer o nível conceitual, leitura de mundo e suas dificuldades, intervindo adequadamente, quando necessário, fazendo eles avançarem;

• revisar as atividades coletivamente, com a participação ativa dos alunos, porque o
conhecimento e o domínio da linguagem oral e escrita se dão junto com a representação e reflexão sobre a realidade (leitura e escrita de textos, exercícios...) e
desta forma possibilitar-se-á a conscientização dos seus “erros” (hipóteses).

• realizar atividades de rotina onde o aluno possa estar produzindo e utilizando o
alfabeto móvel refletindo sobre suas hipóteses de escrita e leitura; 

• realizar rotina de leituras diárias e variadas dos textos de memórias (parlendas, trava-línguas, músicas), aproximadamente uma semana cada uma delas, expondo-a num cartaz em sala de aula;

• realizar leitura pelo professor, leitura compartilhada (professor e aluno), leitura coletiva (vinculada ao prazer, a descontração), leitura virtual pelos alunos (pseudo-leitura), leitura dirigida (o aluno utiliza seus conhecimentos de escrita para localizar e ler palavras desconhecidas), leitura individual...;

• trabalhar a “consciência fonológica” retirando dos textos sons de letras, sílabas, rimas de algumas palavras;

• organizar situações didáticas de escrita como escrita coletiva das parlendas, trava-línguas e músicas conhecidas, favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita deles
fazendo comparações entre início e fim de palavras;

• propor atividades como: lacunado (abrir lacunados no texto para escrever palavras que faltam,caça-letra e caça-palavra (circular letras e palavras ), ordenação de tirinhas (recortar cada verso  e reordená-los colando numa folha de papel) e cruzadinhas com palavras e figuras dos textos trabalhados;

• pesquisar  em fontes variadas e produzir “cartaz sanfonado” , expor e apresentá-las associadas a gestos e brincadeiras ao público.














Parlendas
O que significa a parlendas e o que são parlendas?
Parlenda ou Parlanda ou Parlenga, tem origem em Parolar, Parlar que significa falar muito.
Em Portugal é chamada de cantilena, lengalenga, embora esses nomes também signifiquem narração monótona.
São textos, versos e rimas com ritmo e sonoridade que diverte e ensina, favorecendo as atividades como leituras e escritas.
De origem popular, embora exista a expressão cantar parlenda, mais ela é expressa em forma recitada e qualquer um pode criar parlenda.
A brincadeira de parlendas consiste em juntar as palavras, podendo ser falada em grupos, com a finalidade é entreter crianças, jovens e adultos.
São usadas mais em cidades pequenas, onde pais e filhos interagem. É comum os pais ensinarem parlendas aos filhos através de brincadeiras.
É um enunciado lúdico-pedagógico, que diverte, ensina, a sua forma ritmo-sonoro-motora.

Objetivo.
O objetivo do trabalho com parlendas, trava-línguas, rimas, cantilenas e quadrinhas é refletir sobre o sistema de escrita, estabelecendo relação entre a fala e a escrita.
É de grande importância que os alunos tenham a oportunidade de participar de práticas de leitura com textos que já memorizaram, como parlendas, adivinhações, canções, cantigas populares, quadrinhas, trava-línguas, poemas e tantos outros, pois a linguagem é simples e atraente e se familiariza com o discurso da criança, promovendo, assim, o desenvolvimento da oralidade e avanços na leitura e escrita.
Com o texto na mão, sabendo de cor, o aluno tem o desafio de ajustar aquilo que fala àquilo que está escrito, e, com o apoio do alfabetizador, acaba por analisar o texto e buscar relações entre as letras e os sons.
Esta é uma atividade que cria problemas para diferentes níveis de conhecimento, promovendo a aprendizagem para todos os alunos.

Tipos de parlendas:

Atividade em anexo

















Trava-línguas


O trava-línguas trata-se de uma modalidade de Parlenda, uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. Cascudo (Literatura Oral no Brasil, 2012) incluiu o trava-línguas nos contos acumulativos, dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são histórias, mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras. 
Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como: ''fale bem depressa''; ''repita três vezes''; ''diga correndo'', e similares. O importante no trava-línguas é que ele deve ser repetido de cor, várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível. Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade.
Tem como objetivo explorar a origem dos trava-línguas; desenvolver a leitura e a escrita; trabalhar a linguagem oral; pronunciar com clareza e rapidez as palavras usadas em músicas, trabalhadas no dia a dia da sala de aula; estimular a memória auditiva; desenvolver a atenção e a concentração; memorizar e ampliar o vocabulário.




Três pratos de trigo para três tigres 
                               
O tempo perguntou pro tempo 
Quanto tempo o tempo tem 
O tempo respondeu pro tempo 
Tenho o tempo que o tempo tem. 







TRAVA- LÍNGUAS – música do PATATI PATATÁ

Trava- línguas é uma brincadeira, 
Divertida e facíl de brincar, 
É só enrolar a língua fazendo 
Ela dançar. hey!! (2x) 
O rato roeu a roupa do rei de roma 
Em Roma a roupa do rei o rato roeu. 
Aranha arranha a rata,
 a rata arranha a aranha,
 a aranha e a rata arranha a ratazana 
Um prato de trigo para um tigre 
Dois pratos de trigo para dois tigres 

Três pratos de trigo para três tigres 
Trava línguas é uma brincadeira, 
Divertida e fácil de brincar, 
É só enrolar a língua
 fazendo ela dançar. 
Um ninho de mafagafos com 
Sete mafagafinhos, quem 
Desmafaguifar um ninho 
De mafagafos, bom 
Desmafaguifador será 
O tempo perguntou pro tempo 
Quanto tempo o tempo tem 
O tempo respondeu pro tempo 
Tenho o tempo que o tempo tem. 
O pelo no peito do pé de pedro 
É preto. 
Trava línguas é uma brincadeira, 
Divertida e fácil de brincar, 
É só enrolar a língua fazendo 
Ela dançar. 
Ooooooooooooooooooooooooooo 
Olha o sapo dentro do saco 
O saco com o sapo dentro 
O sapo batendo papo 
E papo soltando vento 
Por que pia pardal pardo 
Porque pio e piarei 
Porque sou o pardal pardo 
Por que pio para o rei 
Tem pena a pata do pato 
Do patati 
A pata do pato do patati tem pena 
Tem pena a pata do pato do patata 
A pata do pato patata tem pena 
Trava línguas é uma brincadeira, 
Divertida e fácil de brincar, 
É só enrolar a língua fazendo 
Ela dançar. hei (2x) 



Atividades em anexo



Músicas (cantigas de roda)



As cantigas de roda, cirandas ou brincadeiras de roda fazem parte do Folclore Brasileiro. As letras, melodias e ritmos são bastante lúdicos e, proporcionam a socialização, a organização coletiva através da roda e o movimento corporal, podendo ser ou não coreografadas. 
Tem como objetivo envolver a criança na prática da leitura e da escrita de forma prazerosa facilitando o processo de aprendizagem; perceber a importância da leitura na busca de informações; expressar-se através da arte suas preferências entre as cantigas de roda; valorizar a cultura brasileira.
Ela deve iniciar-se desde a educação infantil, pois a música é uma linguagem que tem sensações, sentidos e está presente nas diversas situações como a higiene, hora do lanche, comemorações e outras.
Deve-se ter espaço para que as crianças brinquem de ciranda, e ainda que através das extraordinárias cantigas de roda tenham momentos de leitura e escrita onde possam ler, escrever, interagir, pensar, criar, analisar e expressar seus conhecimentos, construindo habilidades para se tornar leitores e escritores competentes, exercendo seu direito de cidadãos.
Fazer a leitura de pesquisas (Cantigas de Roda do tempo da sua mãe); conhecer as características de uma cantiga de roda tais como: estrofe, quantidade, se existe rima ou não; compartilhar leitura de textos informativos sobre cirandas; ler para relacionar informações, fazendo comentário de aspectos relevantes do texto;
Ampliar o conhecimento em relação às cantigas de roda, e a relação das pessoas com as mesmas. (Quem já brincou? Por que não brinca mais? O que sentia? Refletir sobre o nome da cantiga de roda. 



 



Atividade em anexo


Passo dois
Leitura e escrita de textos de memória
  
Buscar diferentes maneiras de expressar o mesmo conteúdo, procurando à forma mais precisa e objetiva (nos textos de divulgação científica) ou a mais convidativa (nos textos literários), com a preocupação de se fazer compreender e ao mesmo tempo envolver os futuros leitores.

ü  Ler, com ajuda do professor, diferentes gêneros (textos narrativos literários, textos instrucionais, textos de divulgação científica e notícias), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto, as características de seu portador, do gênero e do sistema de escrita;

ü  Ler, por si mesmo, textos conhecidos, tais como parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, além de placas de identificação, listas, manchetes de jornal, legendas, quadrinhos e rótulos. Apreciar textos literários.

Em relação à escrita

ü  Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem do texto lido pelo professor;

ü  Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escreva com erros ortográficos;

ü  Escrever alfabeticamente1 textos que conhece de memória (o texto falado, e não a sua forma escrita) tais como: parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, entre outros;

ü  Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio punho – histórias conhecidas, considerando as ideias principais do texto fonte e algumas características da linguagem escrita;
ü  Produzir textos de autoria (bilhetes, cartas, instrucionais), ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio punho;

ü  Revisar textos coletivamente com ajuda do professor.

Hipótese de escrita

Produção de textos que os alunos conhecem de memória, espera-se que escrevam alfabeticamente em todas as situações.
Muitas vezes, por terem se alfabetizado recentemente, cometem muito mais erros nas situações de reescrita ou de produção de textos de autoria, do que quando escrevem textos memorizados e, com frequência, não conseguem recuperar o que eles mesmos escreveram.
Nessa situação, muitos professores não entendem o que foi escrito pelo aluno e classificam a escrita como silábica ou silábico-alfabética.
 É preciso muita atenção, pois, uma vez que a criança entende como o sistema de escrita funciona, mesmo que cometa erros na produção de textos mais complexos, conceitualmente sua hipótese é alfabética.

Em relação a comunicação oral

ü  Realizar, com a ajuda do professor, uma comunicação oral sobre um assunto estudado.
ü  Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando perguntas sobre o tema tratado;
ü  Planejar sua fala adequando-a a diferentes interlocutores em situações
comunicativas do cotidiano;
ü  Expectativas de aprendizagem.





Em relação à leitura

ü  Ouvir com atenção a leitura de textos de divulgação científica, buscando ampliar seus conhecimentos sobre a linguagem escrita e sobre o tema;
ü  Antecipar o conteúdo de um texto de divulgação científica pelo tema, pelo título ou por índices visuais, como ilustrações;
ü  Utilizar procedimentos de leitor relacionados à leitura feita com o propósito de estudar (textos de divulgação científica);
ü  Apreciar a leitura das histórias em quadrinhos e conhecer algumas de suas convenções (orientações dos quadrinhos, uso dos balões, presença de títulos etc.);
ü  Utilizar conhecimentos sobre as personagens dos gibis;
ü  Relacionar o texto escrito às imagens e compreender que o sentido do
texto só é possível a partir da interação das duas linguagens.

Avaliação de leitura e escrita.


Expectativa

Que os alunos sejam capazes de apreciar textos literários, escutar atentamente, fazer comentários sobre a trama, as personagens e os cenários.
Relembrar trechos, conseguir relacionar as ilustrações com os trechos da história, ler, com a ajuda do professor diferentes gêneros (textos narrativos literários, textos instrucionais, textos de divulgação científica e notícias), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto, as características de seu portador, do gênero e do sistema de escrita.




Etapa 4
Passo 2: Vida, obras e contribuições de Paulo Freire


Paulo Freire.
Educador reconhecido internacionalmente pelo método de alfabetização

Introdução 
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.
Biografia 
Na adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife.
 Enquanto cursava a faculdade de direito, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a esposa, tem teve cinco filhos e começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife.
No ano de 1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do SESI, onde entra em contato com a alfabetização de adultos.
Em 1958 participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro. Neste congresso, apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização.
De acordo com suas ideias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e política. 
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.
 Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação.
Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.
Durante a prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário municipal da Educação. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo trabalho, começou a assessorar projetos culturais na América Latina e África. Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.
Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire, com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.

Obras do educador Paulo Freire:
Biografia de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, método Paulo Freire, sistema de alfabetização de adultos, pensamentos, pedagogia do oprimido, livros de Paulo Freire
ü  A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961. Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
ü  Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
ü  Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
ü  Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
ü  A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
ü  A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
ü  Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
 Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
ü  Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
 À sombra desta mangueira. São Paulo: Editor olho d’Água, 1995.
ü  Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
ü  Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
ü  Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
ü  Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
ü  Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
Contribuições teóricas de Paulo Freire para a alfabetização
O nordeste de Paulo Freire é o Brasil dos muitos milhões de brasileiros empobrecidos, inclusive de outros Estados, sem direito a uma vida digna, sem acesso à educação, à saúde, à moradia, vivos em uma realidade de sobreviventes. A realidade sofrida evidencia o abandono e comprova que muito ainda há para se fazer para erradicar a fome e a miséria.
Grande parte da contribuição teórica de Paulo Freire resultou de suas experiências no nordeste do Brasil e em outros países da América Latina.
Entretanto os diversos trabalhos que Paulo Freire exerceu nos países da África também contribuíram enormemente para enriquecer sua prática e sua teoria pedagógica, levando-o a repensar certos métodos e ideias de primeiro momento de um ponto de vista político-pedagógico.
O envolvimento de Paulo Freire nos movimentos populares do nordeste, à época anterior ao golpe militar, reforçam sua opção pelas camadas menos privilegiadas da população, os chamados oprimidos.
Na essência, expressam o desejo de Freire de viver em um país com menos desigualdades, com justiça social, liberdade e democracia. Foi nesse ambiente que ele pôde experimentar seu método na prática e observou ser possível alfabetizar homens e mulheres a partir da sua concepção pedagógica transformadora.
A partir da experiência de Angicos/RN, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire avança com sua pedagogia pelo Brasil até ser preso após o Golpe Militar. 
O exílio representou para ele a possibilidade de outras experimentações, de muitas vivências, de reconhecimento e consolidação de sua concepção e prática pedagógicas. 
Bolívia, Chile, Estados Unidos e Suíça foram países-casa, territórios e povos que acolheram Paulo Freire e projetaram o educador para todo o mundo. Foi o exílio pedagógico, da produção, do aprendizado e da maturidade. 
Atuou na Universidade Católica de Santiago, foi consultor especial da UNESCO, trabalhou na formação de adultos camponeses no Chile e depois na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos indo para Genebra, na Suíça, onde integrou o Conselho Mundial das Igrejas, como conselheiro educacional de governos do “terceiro mundo”.
Trabalhou no continente africano, em grandes projetos educacionais, inovando no método de alfabetizar, dialogando e transformando realidades de silêncio em vidas repletas de palavras e atos. “Andarilhou”, por toda a década de 1970, por países de todos os continentes.

REFERÊNCIAS

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática, 5ª edição. São Paulo:
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6.ed. 6° reimpressão – SP
TEBEROSKY, Ana e CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre o Ensino da Leitura e da Escrita. São Paulo: Trajetória Cultural / UNICAMP, 1989.



SITES CONSULTADOS

http/www.pedagogiaemfoco.pro.br – acessado em 06.11.14
Instituto Paulo Freire – Dados sobre a obra e a filosofia de Paulo Freire.
Pesquisa: Livros Armazém do Folclore e Meu livro de folclore (ambos de Ricardo Azevedo)





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