ETAPA 3
Passo 1
e Passo 2
Atividades que envolvem leitura e
escrita de textos de memória (Parlendas, trava- línguas, músicas).
Segundo Ana Teberosky, a
simples exposição do aluno ao ambiente ou contexto alfabetizador não garante a
aquisição de habilidades de leitura e escrita. Eles aprendem a linguagem
escrita através do contato social direto, interagindo com o objeto de estudo e
da observação a outros leitores e escritores.
Portanto, cabe ao professor:
• oportunizar aos alunos o convívio diverso e
intenso em situações de leitura e escrita, a fim de aumentar o letramento e
facilitar assim o processo da alfabetização;
• ser parceiro dos alunos encorajando-os a
falar e escrever as suas ideias (desejos,
tristezas, alegrias) para conhecer o nível
conceitual, leitura de mundo e suas dificuldades, intervindo adequadamente,
quando necessário, fazendo eles avançarem;
• revisar as atividades coletivamente, com a
participação ativa dos alunos, porque o
conhecimento e o domínio da linguagem oral e
escrita se dão junto com a representação e reflexão sobre a realidade (leitura
e escrita de textos, exercícios...) e
desta forma possibilitar-se-á a
conscientização dos seus “erros” (hipóteses).
• realizar atividades de rotina onde o aluno
possa estar produzindo e utilizando o
alfabeto móvel refletindo sobre suas
hipóteses de escrita e leitura;
• realizar rotina de leituras diárias e
variadas dos textos de memórias (parlendas, trava-línguas, músicas), aproximadamente
uma semana cada uma delas, expondo-a num cartaz em sala de aula;
• realizar leitura pelo professor, leitura
compartilhada (professor e aluno), leitura coletiva (vinculada ao prazer, a
descontração), leitura virtual pelos alunos (pseudo-leitura), leitura dirigida
(o aluno utiliza seus conhecimentos de escrita para localizar e ler palavras
desconhecidas), leitura individual...;
• trabalhar a “consciência fonológica”
retirando dos textos sons de letras, sílabas, rimas de algumas palavras;
• organizar situações didáticas de escrita
como escrita coletiva das parlendas, trava-línguas e músicas conhecidas,
favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita deles
fazendo comparações entre início e fim de
palavras;
• propor atividades como: lacunado (abrir
lacunados no texto para escrever palavras que faltam,caça-letra e caça-palavra
(circular letras e palavras ), ordenação de tirinhas (recortar cada verso e reordená-los colando numa folha de papel) e
cruzadinhas com palavras e figuras dos textos trabalhados;
• pesquisar em fontes variadas e produzir “cartaz
sanfonado” , expor e apresentá-las associadas a gestos e brincadeiras ao
público.
Parlendas
O que significa a parlendas e o que são parlendas?
Parlenda ou Parlanda ou
Parlenga, tem origem em Parolar, Parlar que significa falar muito.
Em Portugal é chamada de
cantilena, lengalenga, embora esses nomes também signifiquem narração monótona.
São textos, versos e
rimas com ritmo e sonoridade que diverte e ensina, favorecendo as
atividades como leituras e escritas.
De origem popular, embora
exista a expressão cantar parlenda, mais ela é expressa em forma recitada e
qualquer um pode criar parlenda.
A brincadeira de parlendas consiste em juntar as
palavras, podendo ser falada em grupos, com a finalidade é entreter crianças,
jovens e adultos.
São usadas mais em cidades pequenas, onde pais e
filhos interagem. É comum os pais ensinarem parlendas aos filhos através
de brincadeiras.
É um enunciado lúdico-pedagógico, que diverte,
ensina, a sua forma ritmo-sonoro-motora.
Objetivo.
O objetivo
do trabalho com parlendas, trava-línguas, rimas, cantilenas e quadrinhas é
refletir sobre o sistema de escrita, estabelecendo relação entre a fala e a
escrita.
É de grande
importância que os alunos tenham a oportunidade de participar de práticas de
leitura com textos que já memorizaram, como parlendas, adivinhações, canções,
cantigas populares, quadrinhas, trava-línguas, poemas e tantos outros, pois a
linguagem é simples e atraente e se familiariza com o discurso da criança,
promovendo, assim, o desenvolvimento da oralidade e avanços na leitura e
escrita.
Com o texto
na mão, sabendo de cor, o aluno tem o desafio de ajustar aquilo que fala àquilo
que está escrito, e, com o apoio do alfabetizador, acaba por analisar o texto e
buscar relações entre as letras e os sons.
Esta é uma atividade
que cria problemas para diferentes níveis de conhecimento, promovendo a
aprendizagem para todos os alunos.
Tipos de parlendas:
Atividade em anexo
Trava-línguas
O
trava-línguas trata-se de uma modalidade de Parlenda, uma arrumação de
palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um
ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a
criança, ensinando-lhe algo. Cascudo (Literatura Oral no Brasil, 2012) incluiu
o trava-línguas nos contos acumulativos, dizendo que os trava-línguas muitas
vezes não são histórias, mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas.
São antes brincadeiras.
Todos
os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como: ''fale bem
depressa''; ''repita três vezes''; ''diga correndo'', e similares. O importante
no trava-línguas é que ele deve ser repetido de cor, várias vezes seguidas e
tão depressa quanto possível. Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade.
Tem
como objetivo explorar a origem dos trava-línguas; desenvolver a leitura e a
escrita; trabalhar a linguagem oral; pronunciar com clareza e rapidez as
palavras usadas em músicas, trabalhadas no dia a dia da sala de aula;
estimular a memória auditiva; desenvolver a atenção e a concentração; memorizar
e ampliar o vocabulário.
Três pratos de trigo para três
tigres
O tempo perguntou pro tempo
Quanto tempo o tempo tem
O tempo respondeu pro tempo
Tenho o tempo que o tempo tem.
Quanto tempo o tempo tem
O tempo respondeu pro tempo
Tenho o tempo que o tempo tem.
TRAVA- LÍNGUAS – música do PATATI PATATÁ
Trava- línguas é uma
brincadeira,
Divertida e facíl de brincar,
É só enrolar a língua fazendo
Ela dançar. hey!! (2x)
O rato roeu a roupa do rei de roma
Em Roma a roupa do rei o rato roeu.
Aranha arranha a rata,
a rata arranha a aranha,
a aranha e a rata arranha a ratazana
Um prato de trigo para um tigre
Dois pratos de trigo para dois tigres
Divertida e facíl de brincar,
É só enrolar a língua fazendo
Ela dançar. hey!! (2x)
O rato roeu a roupa do rei de roma
Em Roma a roupa do rei o rato roeu.
Aranha arranha a rata,
a rata arranha a aranha,
a aranha e a rata arranha a ratazana
Um prato de trigo para um tigre
Dois pratos de trigo para dois tigres
Três pratos de trigo para três
tigres
Trava línguas é uma brincadeira,
Divertida e fácil de brincar,
É só enrolar a língua
fazendo ela dançar.
Um ninho de mafagafos com
Sete mafagafinhos, quem
Desmafaguifar um ninho
De mafagafos, bom
Desmafaguifador será
O tempo perguntou pro tempo
Quanto tempo o tempo tem
O tempo respondeu pro tempo
Tenho o tempo que o tempo tem.
O pelo no peito do pé de pedro
É preto.
Trava línguas é uma brincadeira,
Divertida e fácil de brincar,
É só enrolar a língua fazendo
Ela dançar.
Ooooooooooooooooooooooooooo
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E papo soltando vento
Por que pia pardal pardo
Porque pio e piarei
Porque sou o pardal pardo
Por que pio para o rei
Tem pena a pata do pato
Do patati
A pata do pato do patati tem pena
Tem pena a pata do pato do patata
A pata do pato patata tem pena
Trava línguas é uma brincadeira,
Divertida e fácil de brincar,
É só enrolar a língua fazendo
Ela dançar. hei (2x)
Trava línguas é uma brincadeira,
Divertida e fácil de brincar,
É só enrolar a língua
fazendo ela dançar.
Um ninho de mafagafos com
Sete mafagafinhos, quem
Desmafaguifar um ninho
De mafagafos, bom
Desmafaguifador será
O tempo perguntou pro tempo
Quanto tempo o tempo tem
O tempo respondeu pro tempo
Tenho o tempo que o tempo tem.
O pelo no peito do pé de pedro
É preto.
Trava línguas é uma brincadeira,
Divertida e fácil de brincar,
É só enrolar a língua fazendo
Ela dançar.
Ooooooooooooooooooooooooooo
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E papo soltando vento
Por que pia pardal pardo
Porque pio e piarei
Porque sou o pardal pardo
Por que pio para o rei
Tem pena a pata do pato
Do patati
A pata do pato do patati tem pena
Tem pena a pata do pato do patata
A pata do pato patata tem pena
Trava línguas é uma brincadeira,
Divertida e fácil de brincar,
É só enrolar a língua fazendo
Ela dançar. hei (2x)
Atividades em anexo
Músicas (cantigas de roda)
As cantigas de roda, cirandas ou brincadeiras
de roda fazem parte do Folclore Brasileiro. As letras, melodias e ritmos são
bastante lúdicos e, proporcionam a socialização, a organização coletiva através
da roda e o movimento corporal, podendo ser ou não coreografadas.
Tem como objetivo envolver a criança na prática da
leitura e da escrita de forma prazerosa facilitando o processo de aprendizagem;
perceber a importância da leitura na busca de informações; expressar-se através
da arte suas preferências entre as cantigas de roda; valorizar a cultura
brasileira.
Ela deve iniciar-se desde a
educação infantil, pois a música é uma linguagem que tem sensações, sentidos e
está presente nas diversas situações como a higiene, hora do lanche,
comemorações e outras.
Deve-se ter espaço para que as crianças brinquem de
ciranda, e ainda que através das extraordinárias cantigas de roda tenham
momentos de leitura e escrita onde possam ler, escrever, interagir, pensar,
criar, analisar e expressar seus conhecimentos, construindo habilidades para se
tornar leitores e escritores competentes, exercendo seu direito de cidadãos.
Fazer a leitura de pesquisas (Cantigas de Roda do
tempo da sua mãe); conhecer as características de uma cantiga de roda tais
como: estrofe, quantidade, se existe rima ou não; compartilhar leitura de
textos informativos sobre cirandas; ler para relacionar informações, fazendo
comentário de aspectos relevantes do texto;
Ampliar o conhecimento em relação às cantigas de
roda, e a relação das pessoas com as mesmas. (Quem já brincou? Por que não
brinca mais? O que sentia? Refletir sobre o nome da cantiga de roda.
Atividade
em anexo
Passo dois
Leitura e escrita de textos de memória
Buscar diferentes maneiras de
expressar o mesmo conteúdo, procurando à forma mais precisa e objetiva (nos
textos de divulgação científica) ou a mais convidativa (nos textos literários),
com a preocupação de se fazer compreender e ao mesmo tempo envolver os futuros
leitores.
ü Ler, com ajuda do professor, diferentes gêneros
(textos narrativos literários, textos instrucionais, textos de divulgação
científica e notícias), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto, as
características de seu portador, do gênero e do sistema de escrita;
ü Ler, por si mesmo, textos conhecidos, tais como
parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, além de placas de
identificação, listas, manchetes de jornal, legendas, quadrinhos e rótulos. Apreciar
textos literários.
Em relação à escrita
ü Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas
características da linguagem do texto lido pelo professor;
ü Compreender o funcionamento alfabético do sistema de
escrita, ainda que escreva com erros ortográficos;
ü Escrever alfabeticamente1 textos que conhece de
memória (o texto falado, e não a sua forma escrita) tais como: parlendas,
adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, entre outros;
ü Reescrever – ditando para o professor ou colegas e,
quando possível, de próprio punho – histórias conhecidas, considerando as
ideias principais do texto fonte e algumas características da linguagem
escrita;
ü Produzir textos de autoria (bilhetes, cartas,
instrucionais), ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de
próprio punho;
ü Revisar textos coletivamente com ajuda do professor.
Hipótese
de escrita
Produção
de textos que os alunos conhecem de memória, espera-se que escrevam alfabeticamente
em todas as situações.
Muitas
vezes, por terem se alfabetizado recentemente, cometem muito mais erros nas
situações de reescrita ou de produção de textos de autoria, do que quando
escrevem textos memorizados e, com frequência, não conseguem recuperar o que
eles mesmos escreveram.
Nessa
situação, muitos professores não entendem o que foi escrito pelo aluno e
classificam a escrita como silábica ou silábico-alfabética.
É preciso muita atenção, pois, uma vez que a
criança entende como o sistema de escrita funciona, mesmo que cometa erros na
produção de textos mais complexos, conceitualmente sua hipótese é alfabética.
Em relação a comunicação oral
ü Realizar, com a ajuda do professor, uma comunicação
oral sobre um assunto estudado.
ü Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo
com atenção e formulando perguntas sobre o tema tratado;
ü Planejar sua fala adequando-a a diferentes
interlocutores em situações
comunicativas do cotidiano;
ü Expectativas de aprendizagem.
Em relação à leitura
ü Ouvir com atenção a leitura de textos de divulgação científica,
buscando ampliar seus conhecimentos sobre a linguagem escrita e sobre o tema;
ü Antecipar o conteúdo de um texto de divulgação
científica pelo tema, pelo título ou por índices visuais, como ilustrações;
ü Utilizar procedimentos de leitor relacionados à
leitura feita com o propósito de estudar (textos de divulgação científica);
ü Apreciar a leitura das histórias em quadrinhos e
conhecer algumas de suas convenções (orientações dos quadrinhos, uso dos balões,
presença de títulos etc.);
ü Utilizar conhecimentos sobre as personagens dos
gibis;
ü Relacionar o texto escrito às imagens e compreender
que o sentido do
texto só é possível a partir da
interação das duas linguagens.
Avaliação de leitura e escrita.
Expectativa
Que os
alunos sejam capazes de apreciar textos literários, escutar atentamente, fazer comentários
sobre a trama, as personagens e os cenários.
Relembrar
trechos, conseguir relacionar as ilustrações com os trechos da história, ler, com
a ajuda do professor diferentes gêneros (textos narrativos literários, textos instrucionais,
textos de divulgação científica e notícias), apoiando-se em conhecimentos sobre
o tema do texto, as características de seu portador, do gênero e do sistema de
escrita.
Etapa 4
Passo 2:
Vida, obras e contribuições de Paulo Freire
Paulo Freire.
Educador reconhecido
internacionalmente pelo método de alfabetização
Introdução
Paulo
Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do
Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos
de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade, a família mudou
para a cidade de Jaboatão.
Biografia
Na
adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua
portuguesa. Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na
Faculdade de Direito do Recife.
Enquanto cursava a faculdade de direito,
casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a esposa, tem
teve cinco filhos e começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife.
No ano de
1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do
SESI, onde entra em contato com a alfabetização de adultos.
Em 1958
participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro. Neste
congresso, apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios de
alfabetização.
De acordo
com suas ideias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada
ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade
para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e
política.
No começo
de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa
Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar o método de
alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos
militares.
Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde
continuou produzindo conhecimento na área de educação.
Sua
principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire
detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de
1979, após a Lei da Anistia.
Durante a
prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário
municipal da Educação. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo
trabalho, começou a assessorar projetos culturais na América Latina e África. Morreu
na cidade de São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.
Freire
teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a
morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo
Freire, com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.
Obras do
educador Paulo Freire:
Biografia de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia,
método Paulo Freire, sistema de alfabetização de adultos, pensamentos,
pedagogia do oprimido, livros de Paulo Freire
ü A
propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961. Conscientização
e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista
de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
ü Educação
como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
ü Pedagogia
do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
ü Educação
e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
ü A
importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez
Editora, 1982.
ü A
educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
ü Pedagogia
da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
ü Cartas a
Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
À sombra desta mangueira. São Paulo: Editor olho d’Água, 1995.
À sombra desta mangueira. São Paulo: Editor olho d’Água, 1995.
ü Pedagogia
da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
ü Mudar é
difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife:
CNI/SESI, 1997-b.
ü Pedagogia
da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
ü Educação
e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
ü Mudar é
difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife:
CNI/SESI, 1997-b.
Contribuições teóricas de Paulo Freire para a alfabetização
O
nordeste de Paulo Freire é o Brasil dos muitos milhões de brasileiros
empobrecidos, inclusive de outros Estados, sem direito a uma vida digna, sem acesso
à educação, à saúde, à moradia, vivos em uma realidade de sobreviventes. A
realidade sofrida evidencia o abandono e comprova que muito ainda há para se
fazer para erradicar a fome e a miséria.
Grande
parte da contribuição teórica de Paulo Freire resultou de suas experiências no
nordeste do Brasil e em outros países da América Latina.
Entretanto
os diversos trabalhos que Paulo Freire exerceu nos países da África também
contribuíram enormemente para enriquecer sua prática e sua teoria pedagógica,
levando-o a repensar certos métodos e ideias de primeiro momento de um ponto de
vista político-pedagógico.
O
envolvimento de Paulo Freire nos movimentos populares do nordeste, à época
anterior ao golpe militar, reforçam sua opção pelas camadas menos privilegiadas
da população, os chamados oprimidos.
Na
essência, expressam o desejo de Freire de viver em um país com menos
desigualdades, com justiça social, liberdade e democracia. Foi nesse ambiente
que ele pôde experimentar seu método na prática e observou ser possível
alfabetizar homens e mulheres a partir da sua concepção pedagógica
transformadora.
A partir
da experiência de Angicos/RN, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em
45 dias, Paulo Freire avança com sua pedagogia pelo Brasil até ser preso após o
Golpe Militar.
O exílio
representou para ele a possibilidade de outras experimentações, de muitas
vivências, de reconhecimento e consolidação de sua concepção e prática
pedagógicas.
Bolívia,
Chile, Estados Unidos e Suíça foram países-casa, territórios e povos que
acolheram Paulo Freire e projetaram o educador para todo o mundo. Foi o exílio
pedagógico, da produção, do aprendizado e da maturidade.
Atuou na
Universidade Católica de Santiago, foi consultor especial da UNESCO, trabalhou
na formação de adultos camponeses no Chile e depois na Universidade de Harvard,
nos Estados Unidos indo para Genebra, na Suíça, onde integrou o Conselho
Mundial das Igrejas, como conselheiro educacional de governos do “terceiro
mundo”.
REFERÊNCIAS
COELHO,
Nelly Novaes. Literatura Infantil:
teoria, análise, didática, 5ª edição. São Paulo:
SOARES,
Magda. Alfabetização e letramento.
6.ed. 6° reimpressão – SP
TEBEROSKY,
Ana e CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre
o Ensino da Leitura e da Escrita. São Paulo: Trajetória Cultural / UNICAMP,
1989.
SITES
CONSULTADOS
http/www.pedagogiaemfoco.pro.br
– acessado em 06.11.14
Instituto
Paulo Freire – Dados sobre a obra e a filosofia de Paulo Freire.
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?page=3 Márcio Ferrari (novaescola@fvc.org.br)
Pesquisa:
Livros Armazém do Folclore e Meu livro de folclore (ambos de Ricardo Azevedo)
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