ETAPA 1
O
Ensino Fundamental e a Legislação Educacional Brasileira
Passo 1
Leitura
de textos sugeridos:
·
https://www.unicef.pt/docs/pdf_publicações/convencao_direitos_crianca2004.pdf/ Acesso em : 04 nov. 2014
·
<htt://www.ibc.gov.br/Nucleus/media/common/Nossos_Meios_RBC_RevAgo2003_Artigo_2rtf>.
Acesso em 04 nov. 2014.
Bibliografia
Básica Padrão
·
BRANDÃO,
Carlos da F. (org); PASCHOAL, Jaqueline D. Ensino
Fundamental de nove anos: teoria e prática na sala de aula. São Paulo:
AVERCAMP, 2009. Capítulo I (pág. 17 até 34).
Passo 2
Pesquisar
nos textos indicados as definições de Concepções de: criança, Educação Infantil
e de Ensino Fundamental.
Concepção de criança
Segundo (Amaral, 2010), a criança,
como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de
uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com
determinada cultura e um determinado momento histórico. Possui uma
natureza singular, que a caracteriza como ser que sente e pensa o mundo de um
jeito muito próprio precisando ser compreendido e respeitado.
A criança é um ser lúdico
que faz suas próprias construções através do brincar, do encenar, do
estabelecimento de vínculos afetivos e de situações prazerosas que a auxiliam
na construção e na reorganização de suas ideias e
sentimentos sobre o mundo, as pessoas e sobre si mesma. (CORSARO,1997).
O conceito de mundo é
ampliado pela criança, através da estimulação de suas habilidades, de desafios
propostos, partindo do pressuposto de que já existe nela uma capacidade de
adquirir o conhecimento, ou seja, que ela é um sujeito participativo e
interativo na construção do conhecimento e de seu processo
de desenvolvimento. Segundo Corsaro (1997, p. 5), “culturas e contribuem
para a produção do mundo adulto”. Mais que imitação, suas produções as crianças
são agentes ativos que constroem suas próprias são singulares e inovadoras.
Considerá-las como sujeitos ativos e produtores de cultura são destacar a
imprescindibilidade de construir currículos que contemplem a
produção simbólica das crianças e a “constituição das suas representações
e crenças em sistemas organizados, isto é, em culturas" (PINTO E SARMENTO,
1997, p. 20).
Entender a infância como categoria
geracional possibilita perceber o que separa e o que une as crianças dos
adultos, assim como o processo em que as “variações dinâmicas que nas relações
entre crianças e, entre crianças e adultos, vai sendo historicamente produzido
e elaborado”, já que um dos componentes importantes da cultura infantil é a
interação. A interação é uma necessidade e um desejo que a criança vivencia com
outras crianças da mesma geração, definida esta por Karl Mannheim apud
Sarmento, como grupo de pessoas nascidas na mesma época, que viveu os mesmos
acontecimentos sociais durante a sua formação e crescimento e que partilha a
mesma experiência histórica, sendo esta significativa para todo o grupo,
originando uma consciência comum, que permanece ao longo do respectivo curso de
vida. (SARMENTO, 2004).
A interação social
torna-se o “espaço de constituição e desenvolvimento da consciência do ser
humano desde que nasce”. O encontro com os outros dá significado ao que a
criança vai aprendendo do mundo. Sua aprendizagem vai depender das experiências
de interações que estabelece. Vygotsky chama a interação social de situação
social de desenvolvimento, para afirmar que a relação estabelecida entre a
criança e o meio que a rodeia é única e que não se repete em qualquer momento
do seu desenvolvimento. (VYGOTSKY, 1991).
Concepção
de Educação Infantil
As instituições de educação para as crianças entre 0 e 6 anos de idade começam a se esboçar no final do século XVIII, propagando-se por meio de uma circulação de pessoas e ideias que precisa ainda ser melhor pesquisada. Criadas para atender as crianças pobres e as mães trabalhadoras, desde o início se apresentaram como primordialmente educacionais.
A escola de principiantes
ou escola de tricotar, criada por Oberlin em 1769, sendo reconhecida como a
primeira delas. De acordo com os seus objetivos, ali a criança deveria: perder
os maus hábitos; adquirir hábitos de obediência, sinceridade, bondade, ordem,
etc.; conhecer as letras minúsculas; soletrar; pronunciar bem as palavras e
sílabas difíceis; conhecer a denominação francesa correta das coisas que lhe
mostram e adquirir as primeiras noções de moral e religião.
A iniciativa de Oberlin
inspirou Robert Owen, industrial que criou uma escola, em 1816, para os
operários de sua indústria, seus filhos e a comunidade de New Lanark, na
Escócia, com uma classe infantil, que recebia crianças dos dois aos seis anos
de idade. A partir disso, muitas instituições infantis começaram a surgir,
Iniciando, assim as concepções de Educação Infantil:
Assistencialismo: com a
expansão da indústria, a participação da mulher no trabalho fabril surge às
primeiras instituições infantis, onde as crianças eram cuidadas por voluntários
ou pessoas contratadas por industriais. Tal concepção possui características de
guarda das crianças, do cuidado em si mesmo, da assistência às camadas
empobrecidas, da separação entre cuidado e educação, falta de conhecimento
sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. Destinada às classes
populares como estratégia para combater a pobreza e resolver problemas ligados
à sobrevivência das crianças, justificando atendimentos de baixo custo, com
escassez de recursos, precariedade de instalações, formação insuficiente de
seus profissionais e alta proporção de crianças por adulto. O atendimento era
entendido como um favor oferecido para poucos.
Compensatória: compensar
as deficiências das crianças, sua miséria, sua pobreza e a negligência
familiar, consideradas como causas do fracasso escolar, por isso busca-se
“reparar um dano”, solucionando as deficiências das crianças consideradas
culturalmente inferiores. Assim, são desenvolvidos programas para a infância,
propondo-se que as creches se preocupem com a aprendizagem e o desenvolvimento
das crianças por meio de atividades educativas lúdicas. (Corsaro, 1997).
Preparatória: é aquela que
tem como função primordial preparar as crianças para terem sucesso nas primeiras
séries do ensino fundamental, mais especificamente para não fracassarem na
alfabetização, buscando desenvolver as habilidades motoras, linguísticas e
cognitivas, embasadas na compreensão cumulativa da aprendizagem, partindo do
que é considerado fácil para o difícil, do simples para o complexo, criando uma
sequência determinada, uma necessidade de uma ordem pré-estabelecida de
conteúdos (empirismo: acredita nas experiências como formadoras das ideias),
que precisam ser seguidos daquela maneira para conseguir aprendê-los.
Na busca de mudanças,
houve fases de transição, que se revelam por meio de propostas efetivadas nos
estados e municípios, ainda sem uma política clara e uma visão de unidade a
respeito da infância, bem como da criança brasileira. Final da década de 70,
início da década de 80, a creche passa a ser vista como instituição social e
politicamente necessária, capaz de resolver os problemas sociais e educacionais
e, a pré-escola vai passar por uma fase de transição. (Kuhlmann Jr., 1998).
Concepção Global da
criança: fundamenta a ideia de Educação Infantil desenvolvimentista, com
objetivos focados na criança em si, independente de sua história e das
condições sociais. O objetivo da educação é o desenvolvimento global e
harmônico da criança. Global porque inclui todos os aspectos do ser humano,
harmônico porque todos estes aspectos devem desenvolver-se equilibradamente,
paralelamente, sem exageros nem limitações. Busca-se o desenvolvimento de
habilidades, conhecimentos e atitudes, nos aspectos: motores, afetivos, sociais
e cognitivos.
Concepção Pedagógica:
estudos científicos apontavam para a necessidade de compreender que a creche e
a pré-escola tem uma Função Pedagógica, enfatizando aprendizagem estimuladora e
significativa, garantindo novos conhecimentos e favorecendo o processo de
alfabetização por meio do trabalho sistematizado. A proposta da educação
infantil deve estar permeada por uma concepção de criança e educação infantil
que valorize o sujeito e o seu processo de formação humana. A educação infantil
deve ser o espaço onde a criança poderá ter acesso a conhecimentos formados
historicamente ao mesmo tempo em que participa como sujeito histórico, produtor
dessa cultura. Por meio da interação da criança com o outro, ela irá
descobrir-se, descobrir o outro, descobrir o mundo, experimentando, e criar
novos significados para sua intervenção nesse mundo. O processo educativo da
criança é marcado pela internalização de valores, crenças, normas e
representações sociais dominantes que contribuem com o processo de formação
corporal, cultural, psicológica e social, e assim, para a realização e
envolvimento dos sujeitos em suas futuras atividades produtivas e sociais. A
educação infantil possui duas dimensões: a de cuidar e a de educar, que devem
ser consideradas como essenciais e importantes nas propostas pedagógicas
voltadas para essa faixa etária, sendo necessário ressaltar que o cuidar
compreende os cuidados básicos com a alimentação, a higiene e o vestuário. E
além do cuidar é necessário o educar a criança, colocando-a como indivíduo que
possui o direito de se apropriar do conhecimento e começar a se preparar para o
processo de alfabetização. (Corsaro,1997).
Concepções
de Ensino Fundamental
A
organização da escola em ciclos de aprendizagem possibilitou repensar a
situação dos alunos que eram repetentes de primeiras e segundas séries e não
podiam entrar nestas classes do 1º ciclo, porque já tinham nove anos completos
ou mais. Com o objetivo de corrigir o fluxo destes alunos com defasagem idade/série,
foi criado o projeto das classes de aceleração.
Segundo o trabalho de Neves (2005) o
projeto das classes de aceleração foi constituído com o objetivo de: [...]
atender alunos com defasagem de idade para frequentar a última classe do
primeiro ciclo (crianças acima de 8 anos) ou que nunca frequentaram a escola.
Faziam parte desta classe: o aluno repetente da última classe do primeiro
ciclo, desde que tivesse nove anos completos, até primeiro de março do ano em
curso; os alunos repetentes da 1ª e 2ª séries do ensino regular, com idade
superior a 8 anos, transferidos ou não de outros estabelecimentos de ensino.
Após um semestre da
implantação das classes de aceleração, a heterogeneidade de níveis de
aprendizagem tornou-se mais evidente, pois nesta classe estavam alunos
repetentes da primeira série, ou seja, não alfabetizados e dificuldades para se
trabalhar com alunos alfabetizados e não alfabetizados, juntos na mesma classe,
a SME propôs o reagrupamento destes alunos em duas classes distintas. Uma delas
passou a receber os alunos que ainda não estavam alfabetizados e ficou
denominada de classe de aceleração da alfabetização. A outra que se chamou
apenas classe de aceleração atendia aos alunos que, mesmo de uma forma ainda
rudimentar, já conseguiam ler e escrever. Tanto os alunos das classes regulares
do 1º ciclo, como os alunos das classes de aceleração, para serem promovidos
para o 2º ciclo, deveriam ter se apropriado das habilidades básicas da leitura,
da escrita e dos conhecimentos matemáticos.
No regime seriado, a
retenção ao final do ano letivo proporcionava uma pseudo-homogeneidade nas
séries. Isso confirmava ao professor a possibilidade de um ensino homogêneo,
pois aqueles alunos que não conseguissem “acompanhar a turma” e atingir a média
de aprendizagem esperada para sua série ficariam retidos e fariam novamente a
mesma série, no ano seguinte. Dessa forma, a avaliação escolar, embora já
houvesse uma discussão teórica sobre a sua função diagnóstica, na prática, ela
ainda tinha um caráter classificatório e excludente.
Com a implantação dos
ciclos, as diretrizes curriculares da SME passaram a orientar que a promoção do
aluno de um ciclo para outro, seria documentada em fichas descritivas e
individuais denominadas de pareceres, rompendo, assim, com o sistema de notas.
É importante ressaltar que cada ciclo possuía critérios de avaliação para cada
área de conhecimento, os quais orientavam o professor para avaliar os alunos em
seu desenvolvimento e justificavam o avanço destes alunos para o ciclo seguinte.
Neste contexto, além da
mudança estrutural, como uma alternativa de ação pedagógica para combater o
fracasso escolar e dar atendimento às crianças em tempo hábil, as escolas
também organizaram as classes de apoio. Estas classes funcionavam em contra turno
e atendiam os alunos do 1º e 2º ciclos com dificuldades na aprendizagem.
Nesse sentido, a organização das escolas por
ciclos não teve como lógica apenas a junção de séries, mas exigiu também novas
formas de pensar, compreender e organizar a ação docente, principalmente no que
diz respeito ao acompanhamento da aprendizagem dos alunos e à compreensão das
suas dificuldades e da necessidade do trabalho diversificado em sala de aula
(Maia,2002).
Passo
3
Produzir
um texto dissertativo envolvendo as três definições acima pesquisadas.
Segundo a pesquisa sobre o texto: a concepção de
criança, entendemos que ela como todo ser humano tem um currículo social,
histórico, cultural de acordo com a sociedade em que ela se encontra.
Concordamos com a afirmação do filósofo Nietzsche
onde diz que a criança possui natureza única, sendo lúdico e caracterizado por
enxergar o mundo de um modo único. Isso permite que ela organize ideias sobre o
mundo e sentimentos no seu modo de ver, ampliando seu conceito através de estímulos.
A concepção básica de uma criança se reflete no que
ela vê, aprende e vivência no dia á dia com a família e a sociedade, elas são
curiosas, criativas e cheias de imaginação e espontaneidade, pois elas vivem
num mundo de faz de conta que é imaginário, mas muito criativo. (NIETZSCHE,
2004, p.35)
Sendo assim, a criança é um sujeito participativo e
interativo na construção do seu conhecimento e desenvolvimento.
O convite que se faz é para perceber e entender
melhor as crianças; ouvir suas vozes, mesmo que ainda não dominem totalmente as
regras da língua; respeitá-las, pois são sujeitos de direito; garantir seu
cuidado e proteção, pois estão em condição peculiar de desenvolvimento e percebê-las pertencentes a uma geração que
produz cultura e por ela é produzida contribuindo para a produção do mundo
adulto.
As creches e pré-escolas tem função pedagógica, enfatizando
uma aprendizagem estimuladora e significativa. A escola deve ser o espaço onde
a criança poderá ter acesso a conhecimentos formados historicamente ao mesmo
tempo em que participa como sujeito histórico, por meio da interação da criança
com o outro ela irá descobrir-se, descobrir ao outro, descobrir o mundo, experimentando,
e criar novos significados para sua intervenção nesse mundo.
O
conceito de educação infantil retrata a ampla necessidade de uma boa educação
pré-formação, pois é um direito social, além de constar relativamente na
política brasileira, pois essa lei foi concebida como dever do estado e opção
da família, essa lei de diretrizes com base na educação nacional (LDB nº 9394/96),concebe
a educação infantil como a primeira etapa da educação básica nacional, pois ela
atribui metas e objetivos voltados não só ao cuidar como também ao educar com
ampla e eficaz finalidade de progredir o desenvolvimento integral e cultural na
formação da criança.
Com a ampliação do Ensino Fundamental conforme Lei
11.274/06, alguns conteúdos do currículo podem ser repensados, visando escolher
o que for mais relevante com a realidade do aluno, que tem o direito de
aprender conteúdos diferenciados de várias áreas de conhecimento que lhes
assegurem cidadania no convívio dentro e fora da escola.
O ensino fundamental foi elaborado com o intuito de
compreender e desenvolver a estrutura da educação complementar do aluno num
todo. Essa etapa da educação básica deve desenvolver a capacidade de
aprendizagem do aluno, por meio do domínio da leitura, escrita e do cálculo.
Após a conclusão do ciclo o aluno deve ser também
capaz de compreender o ambiente natural e social, além do sistema
político, a tecnologia, as artes e os valores básicos da sociedade e
da família. A lei garante para todas as crianças, um tempo mais longo de
convívio escolar e mais oportunidade de aprender a ampliação do ensino
fundamental conforme justificativa do MEC.
Para assegurar uma melhor aprendizagem, o professor
deve estar pronto para repensar o termo pedagógico, analisando se ensina o que
é de direito do aluno e se condiz com a realidade.
Passo 4
Questões
referente o Ensino Fundamental de nove anos na Legislação Educacional
Brasileira.
- Qual é a nomenclatura adequada para o primeiro ano do Ensino
Fundamental de nove anos?
R: De acordo com a Resolução nº 3, de 3 de
agosto de 2005, do Conselho Nacional de Educação indicou a nomenclatura a ser
adotada para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:
|
ETAPA DE ENSINO
|
FAIXA ETÁRIA PREVISTA
|
DURAÇÃO
|
|
Educação Infantil
|
Até 5 anos de idade
|
5 anos
|
|
creche
|
Até 3 anos de idade
|
3 anos
|
|
pré-escola
|
4 e 5 anos de idade
|
2 anos
|
|
Ensino Fundamental
|
Até 14 anos de idade
|
9 anos
|
|
anos iniciais
|
De 6 a 10 anos de idade
|
5 anos
|
|
anos finais
|
De 11 a 14 anos de idade
|
4 anos
|
- Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos, a Educação
Infantil será até 5 anos de idade?
R:
De acordo com a Resolução nº 3 de 03/08/2005,
a faixa etária prevista para a Educação Infantil é até 5 anos.
- Professores contratados inicialmente para trabalhar na Educação
Infantil podem ser remanejados para o Ensino Fundamental?
R:
Cada sistema de ensino deverá observar a
legislação vigente quanto à contratação dos profissionais de educação
(professores), pois algumas leis estabelecem a mesma carreira e concurso para a
atuação tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental. Outras, no
entanto, definem carreira e concurso com atuação distintas, ou seja,
específicas para a atuação na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental.
- No Ensino Fundamental de nove anos, o primeiro ano se destina à
alfabetização?
R: Não.
Mesmo sendo o primeiro ano uma possibilidade para qualificar o ensino e a aprendizagem dos conteúdos da
alfabetização e do letramento, não se deve reduzir a essas aprendizagens, restringindo
o desenvolvimento das crianças dessa faixa etária a exclusividade da
alfabetização ao primeiro ano do Ensino Fundamental. Por isso é importante que
o trabalho pedagógico implementado, assegure o estudo das diversas expressões e
de todas as áreas do conhecimento.
- O conteúdo do primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos é o
mesmo que o trabalho no último ano da pré-escola de seis anos?
R: Não. A Educação Infantil, primeira etapa da
Educação Básica, não é lugar para preparar, de forma exclusiva, as crianças
para o Ensino Fundamental. Ela possui objetivos próprios, que devem ser
alcançados na perspectiva do desenvolvimento infantil, respeitando, cuidando e
educando crianças em um tempo singular da primeira infância. No caso do
primeiro ano do Ensino Fundamental, a criança de 6 anos, assim como as demais
crianças de 7, 8, 9 e 10 anos de idade, precisam de uma proposta curricular que
atenda às características, potencialidades e necessidades específicas dessa
infância.
- A matriz curricular para o Ensino Fundamental de nove anos
continuará a mesma do Ensino Fundamental de oito anos?
R:
Não. O Ensino Fundamental de nove anos exige:
Ø Elaboração de novas Diretrizes Curriculares
Nacionais pelo Conselho Nacional de Educação;
Ø Reelaboração da Proposta Pedagógica das
secretarias de Educação;
Ø Atualização do Projeto Pedagógicos das
escolas.
Bibliografia
BRANDÃO,
Carlos da F. (org); PASCHOAL, Jaqueline D. Ensino
Fundamental de nove anos: teoria e prática na sala de aula. São Paulo:
Avercamp, 2009. Capítulo I (pág.26 a 33).
ETPA 2
Práticas para um trabalho integrado nos
dois primeiros anos do Ensino Fundamental: a interdisciplinaridade.
Passo 1
Ler as informações contidas nas
indicações abaixo, disponíveis em :
·
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/interdisciplinaridade-avanco-educacao-426153.shtml. Acesso em 04.nov.2014.
·
BRANDAO, Carlos da F. (org.); PASCHOAL,
Jaqueline D.. Ensino Fundamental de nove
anos: teoria e prática na sala de aula. São Paulo: Avercamp, 2009.
(Capítulo III, pág.51 até 68).
Passo 2
Texto dissertativo-argumentativo sobre
conceito de interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade
surgiu na Europa no final do século passado onde houve a necessidade de
restabelecer um diálogo das ciências entre outras disciplinas que estavam
fragmentadas e através da interdisciplinaridade conseguiu-se restabelecer, pelo
menos, parte deste diálogo. Considerada pela ciência da educação como uma
relação interna da disciplina “matriz” e a disciplinada “aplicada”, a
interdisciplinaridade passou a ser um termo aceito na educação por ser vista
como uma forma de pensamento.
Neste período começou aqui no Brasil a preocupação com a
educação, mas somente intensificada com a elaboração da Lei de Diretrizes e
Bases (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
A interdisciplinaridade implica a existência de um conjunto de
disciplinas interligadas e com relações definidas, sendo assim ela nos permite
enriquecer nossos conhecimentos com o outro e com o mundo de maneira
diversificada, de uma forma geral a interdisciplinaridade é o diálogo entre
diferentes disciplinas (Geografia, História, Matemática, Língua Portuguesa,
Movimento – Educação Física, Ciências e Artes).
Permite a constituição de um modelo de ensino que busca ampliar
a qualidade de aprendizagem buscando a integração e a unificação das
disciplinas influenciando o desenvolvimento de atitudes, práticas e atividades
de construtivas de conhecimento, onde das relações professor/aluno e
ensino/aprendizagem surjam à integração dos conteúdos curriculares e a produção
do saber qualificado.
Para Paulo Freire (1987), a interdisciplinaridade é o processo
metodológico de construção do conhecimento pelo sujeito com base em sua relação
com o contexto, com a realidade, com sua cultura. Busca-se a expressão dessa
interdisciplinaridade pela caracterização de dois movimentos dialéticos: a
problematização da situação, pela qual se desvela a realidade, e a
sistematização dos conhecimentos de forma integrada.
Para tanto, o professor precisa tornar-se um profissional com
visão integrada da realidade, compreender que um entendimento mais profundo de
sua área de formação não é suficiente para dar conta de todo o processo de
ensino. Ele precisa apropriar-se também das múltiplas relações conceituais que
sua área de formação estabelece com as outras ciências.
Por isso, sua organização curricular, pedagógica e didática deve
considerar a pluralidade de vozes, de concepções, de experiências, de ritmos,
de culturas, de interesses. A escola deve conter, em si, a expressão de
convívio humano, considerando toda a sua complexidade e deve ser por sua
natureza e função, uma instituição interdisciplinar.
Acreditamos que a partir desta interação entre as disciplinas,
fica muito mais visível para as crianças, principalmente nas séries iniciais, a
organização e estrutura de cada matéria, proporcionando uma aprendizagem muito
mais estruturada e proveitosa.
Referências Bibliográficas:
BRANDÃO, Carlos da F. (org.); PASCHOAL, Jaqueline D.. Ensino Fundamental de nove anos: teoria e prática na sala de aula. São Paulo: Avercamp, 2009. (Capítulo III, pág. 51 até 68).
CAVALCANTE, Meire. Interdisciplinaridade: um avanço na educação.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987
Revista Brasileira de Educação-Rev. Bras. Educ. vol.13 no.39 Rio de
Janeiro Sept./Dec. 2008
Passo 3
Plano de aula interdisciplinar 2º ano
do Ensino Fundamental
Turma: 2º ano do Ensino Fundamental
Tema: “Folclore Brasileiro”
Tema: “Folclore Brasileiro”
Objetivos:
·
Despertar o interesse pelo assunto;
·
Conhecer o conceito de folclore e os elementos mais
característicos do folclore brasileiro;
·
Reconhecer manifestações folclóricas em diversas
áreas da cultura: artesanato, literatura, música, dança, brinquedos, etc.;
·
Aprender as fontes essenciais do folclore brasileiro:
as culturas ibérico/europeia, africana e indígena;
·
Distinguir o folclore das diversas regiões do país;
·
Desenvolver a ação coletiva;
Conteúdo: pesquisas sobre os personagens e explicar quem são;
Ex. Iara, Boto cor-de-rosa, Boi da cara preta, Mula sem cabeça, Saci Pererê, Cuca, Bicho Papão etc.
Ex. Iara, Boto cor-de-rosa, Boi da cara preta, Mula sem cabeça, Saci Pererê, Cuca, Bicho Papão etc.
Duração: 5 aulas
Recursos:
·
Lápis de cor
·
Borracha;
·
Revistas e livros que abordem o tema;
·
Tesoura / Cola;
·
Cartolina / Color - Set./ Papel Cartão;
·
Massinha.
Metodologia: como será feito passo a passo expor a eles a
importância do conhecimento sobre o folclore brasileiro;
·
Contar uma história com a utilização de um livro
sobre Folclore do autor Monteiro Lobato;
·
Montar rodas de conversas abordando o tema “FOLCLORE”
estimulando-os a expor suas ideias sobre o tema e como deverão realizar a
pesquisa e a importância do tema para o conhecimento dos educandos;
·
As rodas de conversas deverão ser distribuídas e
escolhidas os personagens através das pesquisas feitas nos livros e revistas,
desenhá-los em cartolina, como também recortar e colar as figuras, pintar e
escrever o que cada personagem significa;
·
Terminados os trabalhos, os alunos deverão expor
seus feitos e explicar o porquê escolheram aquele personagem.
Avaliação:
Todos deverão ser avaliados
como participantes, se a capacidade de comunicação foi ampliada, como reagiram
as situações e desafios propostos, se interagiram com os colegas, anotar tudo o
que as crianças falaram na roda de conversa, se foi satisfatório.
Aplicação de atividades relacionadas às disciplinas
de Português, Matemática e História.
Fonte:
www.revistaescola.abril.com.br
/folclore/
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICAS:
·
https://www.unicef.pt/docs/pdf_publicações/convencao_direitos_crianca2004.pdf/ Acesso em : 04 nov. 2014
·
<htt://www.ibc.gov.br/Nucleus/media/common/Nossos_Meios_RBC_RevAgo2003_Artigo_2rtf>.
Acesso em 04 nov. 2014.
·
BRANDÃO,
Carlos da F. (org); PASCHOAL, Jaqueline D. Ensino
Fundamental de nove anos: teoria e prática na sala de aula. São Paulo:
AVERCAMP, 2009. Capítulo I (pág. 17 até 34; pág. 26 a 33)/ (Capítulo III, pág.
51 até 68);
·
CAVALCANTE, Meire. Interdisciplinaridade:
um avanço na educação.
·
CORSARO, Willian. 1997.
·
MAIA, Carmen. 2002
·
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/interdisciplinaridade-avanco-educacao-426153.shtml. Acesso em 04.nov.2014
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