ATPS
ORGANIZAÇÃO
E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Etapa 03: Resumo: “Os ambientes de
aprendizagem como recursos pedagógicos” livro–texto (PLT).
A preocupação com os
ambientes de aprendizagem esteve presente no final do século XIX e inicio do
século XX, mas foi desaparecendo no decorrer dos anos por conta de instituições
criadas em situações impróprias com ambientes desfavoráveis e inadequados, comprometendo
o desenvolvimento das crianças e o processo de ensino e aprendizagem.
O ambiente físico situado
em creches e pré-escolas necessita de todo os aparatos e arranjos espaciais,
pois é através destes elementos que os educandos serão estimulados e
influenciando até mesmo em seu comportamento.
Alguns educadores acreditam que o
ambiente adequado para a creche e pré- escola está apenas relacionada ao espaço
psicofísico ou higiênico (arejamento, iluminação, conforto, número de crianças
por metro quadrado, relação existente entre mobiliário e equipamentos).
Na concepção educacional
todo ambiente, sem exceção é um espaço organizado, sendo devidamente necessário
observar se condiz com a proposta pedagógica da instituição e vice – versa. O
espaço deve ser voltado para priorizar o educando, criando nele um ambiente
acolhedor, criativo, de interação, e deve acomodar até mesmo algumas de suas
criações. O ambiente não pode ser entediante e sim estimulador para que cause
interesse e vontade de explorar.
O planejamento do espaço
da creche ou pré- escola introduz na criança estímulos visuais e cinéticos, em
que as características dos objetos, brinquedos, blocos, telas, livros, entre
outros são interpretados como determinadas histórias de ação.
É importante a organização
das diversas áreas chamadas “cantinhos”, onde a criança pode interpretar e
vivenciar papéis interagindo e explorando todas as áreas; cabendo ao professor
ser apenas um mediador deixando o educando livre neste momento apenas os
auxiliando.
Através desse momento a
criança também desenvolve inúmeras habilidades, seja ela cognitiva, motora,
afetiva, memória, fala e imaginação. Cabe ao educando construir e organizar
entre eles um ambiente acolhedor, garantindo que as crianças se sintam seguras
e emocionalmente, orientando- os e construindo regras básicas em diversas
atividades para que eles possam ter disciplina e ser independentes.



Educação Infantil, lugar de
aprendizagem.
Como organizar os espaços da creche e da pré-escola e
integrá-los à rotina pedagógica, matéria publicada pela a editora assistente
do site Nova Escola, Paula Nadal.
Para os pequenos, quase
tudo na vida é brincadeira. Por isso, na Educação Infantil, não faz sentido
separar momentos de brincar dos de aprender. Essa simultaneidade pede que
espaços e rotina da escola sejam planejados de modo a proporcionar multiplicidade
de experiências e contato com todas as linguagens, o tempo todo. Sem abrir mão,
é claro, dos cuidados com segurança e saúde.
É nesse ambiente de
aprendizagem que as crianças vão socializar-se e ganhar autonomia. "Dentro
do espaço da Educação Infantil é necessária à integração entre o educador, o
planejamento pedagógico e a organização dos lugares, que funcionam como mais um
elemento educativo, como se fossem um professor a mais", explica Elza
Corsi, formadora do Instituto Avisa lá, de São Paulo.
Com essa concepção, que
vai muito além da visão assistencialista, órgãos como Ministério da Saúde e
Ministério da Educação prepararam documentos para orientar a organização dos
espaços nesse segmento.
Creche
(0 a 3 anos)
Até os 2 anos de idade, as
crianças apresentam necessidades muito individuais e o educador de creche tem
de saber lidar com essas necessidades ao longo da rotina. "O professor
precisa compreender que os espaços são importantíssimos para a criança",
diz a formadora Elza Corsi.
Para tanto, o conselho é
planejar detalhadamente as atividades que serão realizadas nos espaços internos
e externos da escola. Ainda bebês, é recomendável que as crianças participem
das primeiras rodas de história e de música, além das brincadeiras dentro e
fora da sala, que as desafiem para movimentar-se. Pendurar tecidos no teto ou
criar pequenos obstáculos no chão e paredes da sala de atividades e do solário
com papel bolha, papel cartão, tecidos e espuma podem estimular essas
conquistas e tornar os ambientes convidativos. Espelhos também são essenciais
para a descoberta da identidade e da expressividade.
O período entre 2 e 3 anos
é caracterizado pela formadora como "a adolescência da infância". É
quando as crianças começam a entrar no jogo simbólico, se apropriam da palavra
"não", passam a controlar os esfíncteres e fazem suas primeiras
escolhas. Neste período os pequenos aprendem regras para a boa convivência com
os outros e enfrentam os primeiros desafios de autocuidado, como lavar as mãos,
limpar o nariz e calçar o sapato, por exemplo. Mesmo que, nesta fase, as
crianças ainda tenham mais vontade de executar tarefas do que habilidade
propriamente dita para concluí-las, o professor deve estimulá-las e cumprir com
o papel de orientador e mediador de conflitos. Vale aproveitar o ímpeto dos
pequenos e contar com a ajuda deles para que organizem espaços e criem bons
hábitos. As atividades com melecas - massinha ou tintas de pigmentos
naturais -, os desenhos e as garatujas são altamente exploráveis, assim como as
brincadeiras e os desafios corporais e linguísticos.
Recomenda-se que, tanto
para as turmas de berçário, quanto para as de minigrupo, tenha-se um educador
para cada seis crianças.
Pré-escola (4 e 5 anos)
Entre os 4 e os 5 anos, as
evidências do pensamento sincrético - que mescla realidade à fantasia para
construir o conhecimento - são cada vez maiores. O professor tem de orientar os
pequenos para que definam melhor as noções de tempo e espaço e comecem a
solucionar problemas e encontrar explicações para os fenômenos naturais.
A rotina na escola tem de
ser flexível o bastante para que o professor tome decisões sobre a duração de
cada atividade. Todos os cantos das salas podem ser explorados para estimular a
interação e criar atividades complementares - para garantir a autonomia do
ritmo de cada criança.
1. Salas de
atividades
Para cada turma de crianças entre 4 e 5 anos organize pelo menos uma sala de
atividades que estimule as explorações, brincadeiras, socialização e
privacidade das crianças. Estruture-as com quadro, cabides para mochilas,
prateleiras, mesas, cadeiras, almofadas, colchonetes, calendário, relógio,
livros e espaço para fixação de trabalhos, na altura das crianças. Também
instale armários para guardar roupas, fantasias, brinquedos e outros materiais
pedagógicos. Espelhos ajudam no desenvolvimento e alimentam as fantasias. Se
possível, tenha em sala uma pia para a lavagem das mãos e água potável à
disposição de todos. Caso contrário, tente manter os banheiros infantis
próximos. Organize os cantinhos e faça com que cada um dos espaços da sala
tenha algo atrativo e estimulante para a criança, oferecendo boas atividades
complementares.
2. Sala
multiuso
Embora as salas de atividades já sejam concebidas como salas multiuso, vale ter
um espaço para atividades especiais no planejamento pedagógico da instituição.
A sala multiuso pode servir como alternativa à biblioteca e sala de vídeo.
Contribui para as experiências com diferentes linguagens - plástica, simbólica,
musical, oral e escrita. Nela, procure colocar colchonetes, pufes, almofadas de
diferentes tamanhos e texturas, televisão, DVD, aparelho de som, computador,
estantes baixas com livros, além de murais na parede para a fixação de
trabalhos de desenho, pintura e cenários de teatro. Se houver espaço disponível
na instituição, organize um ateliê para ter mais liberdade de exploração de
materiais nos trabalhos de arte, que são de extrema relevância para o
desenvolvimento das crianças.
3.
Banheiros As
crianças precisam ter o máximo de autonomia nos banheiros. Por isso, tente
garantir um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório para cada 20 crianças.
Todas as peças precisam ser baixas. Evite quinas e outros objetos pontiagudos,
assim como chaves ou trincas nas portas. Mantenha o banheiro dos adultos em
ambiente separado, com cabines de vestiário. Para facilitar a mobilidade das
crianças e promover a acessibilidade, construa rampas e coloque barras de apoio
nas cabines sanitárias. Sugestão que, aliás, vale para a acessibilidade de
todos os espaços da instituição.
Etapa
04: Síntese do Parâmetro Curricular Nacional da Educação Infantil – “Respeito à
diversidade”. Brasília, 1988.

Educação
Especial
Deve
ser valorizar e promover o convívio com as diferenças, a criança que convive
com as particularidades desenvolvem valores éticos, coo dignidade, respeito ao
outro, solidariedade, etc.
A
LDB determina “a oferta de educação especial tem inicio na faixa etária de zero
a seis anos”.
A
integração depende da estrutura organizacional da instituição considerando:
“grau de deficiência e as potencialidades de cada criança, idade cronológica,
disponibilidade de recursos humanos e materiais, condições socioeconômicas e
culturais da região, estagio de desenvolvimento dos serviços de educação
especial já implantando nas unidades federadas”.
Educação
Infantil para alunos portadores da Síndrome de Down
A Educação Infantil é muito importante para o desenvolvimento
de qualquer pessoa. Os estímulos que uma criança recebe nos primeiros anos de
vida vão interferir diretamente na sua trajetória escolar e no seu
desenvolvimento futuro. A entrada da criança com síndrome de Down ou outras
deficiências intelectuais na educação infantil regular costuma trazer
resultados muito positivos, sobretudo se a instituição está preparada para
promover a inclusão.
Crianças com síndrome de Down que se misturam com seus colegas sem
deficiência beneficiam não só a si mesmas, mas também as outras crianças dessa
comunidade. Enquanto aprendem com as crianças de desenvolvimento considerado
normal, que servem como exemplos de comportamento e de conquistas apropriadas
para cada idade, é possível que elas precisem de ajuda e apoio adicionais.
A maioria das crianças com síndrome de Down estará em um estágio
de desenvolvimento social e emocional anterior aos de seus colegas devido às
dificuldades de aprendizagem. Além disso, é mais difícil para elas absorver
convenções de maneira intuitiva. Como consequência, seu entendimento de mundo
será menos avançado e seu comportamento pode estar mais equilibrado com o de
crianças mais novas.
Para qualquer criança, é muito mais difícil fazer progressos em
áreas cognitivas até serem capazes de se comportar e interagir com os outros de
uma maneira aceitável socialmente e de responder apropriadamente ao contexto
imediato. O foco da ajuda e do apoio adicional nos primeiros anos deve,
assim, ser a aprendizagem de regras para o comportamento social normal e
apropriado. Os objetivos da inclusão social para a criança pequena com síndrome
de Down incluem:
·
Aprender a participar e interagir.
·
Dar retorno a pedidos verbais e
instruções.
·
Aprender padrões típicos de
comportamento, por exemplo, saber a sua vez, dividir, fazer fila, sentar.
·
Aprender a brincar em
cooperação.
·
Desenvolver independência: autoajuda
e habilidades práticas.
·
Desenvolver amizades.
·
Preocupar-se com os
outros.
Crianças com síndrome de Down frequentemente têm períodos de
concentração menores que seus colegas. Também têm mais dificuldade em processar
demandas por mais de um sentido por vez (por exemplo: copiar e ouvir), o que
inibe sua habilidade de concentração. Essas dificuldades são particularmente
aparentes nos primeiros anos e muitas crianças pequenas podem se distrair
facilmente, flutuando de uma atividade para outra.
Quanto menos definida e mais informal for à situação, mais difícil
será para a criança pequena canalizar a atenção para uma atividade que dure.
Crianças com síndrome de Down respondem bem a estruturas e rotinas e são
capazes de apreendê-las bem. Ensiná-las a rotina e a estrutura dos seus dias
com o auxílio de sugestivos recursos visuais fortes e claros, como fotografias
e objetos de referência, pode ajudá-las a aprender. Por esses meios, elas podem
entender melhor seu ambiente, aprender o comportamento apropriado para
situações e atividades específicas, e prever a próxima atividade. Dificuldades
com a compreensão de explicações e instruções verbais também são superadas.
.
PLANO
DE AULA
·
Tema: Poesia - Vai já pra dentro, menino - Pedro
Bandeira.
Vai já pra
dentro menino!
Vai já pra
dentro estudar!
É sempre essa lenga-lenga
Quando o que
eu quero é brincar...
Eu sei que
aprendo nos livros,
Eu sei que
aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso
saber tudo!
Há tempo pra
conhecer,
Há tempo
pra explorar!
Basta os
olhos abrir,
E com o
ouvido escutar.
Aprende-se
o tempo todo,
Dentro,
fora, pelo avesso,
Começando
pelo fim
Terminando no começo!
Se eu me
fecho lá em casa,
Numa tarde
de calor,
Como eu vou
ver uma abelha
A catar
pólen na flor?
Como eu vou
saber da chuva
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou
sentir o sol,
E eu nunca
me queimar?
“Como eu vou
saber da terra”
Se eu nunca
me sujar?
Como eu vou
saber das gentes,
Sem aprender gostar?
Quero ver
como os meus olhos,
Quero a vida
até o fundo.
Quero ter
barro nos pés,
“Eu quero
aprender o mundo”!
·
Faixa etária: 05 anos
·
Público alvo: Educação Infantil (05anos)
·
Objetivos:
Proporcionar
conhecimentos aos alunos portadores da Síndrome de Down da poesia
Desenvolver
a oralidade.
Estimular a
linguagem oral e escrita.
Trabalhar o
estado cognitivo e habilidade de cada criança.
Possibilitar
expressão de sentimento, através da poesia.
·
Conteúdo: Poesia: “Vai já pra dentro, menino” -
Pedro Bandeira.
·
Estratégias:
Em roda de
conversa falar sobre o autor da poesia, trabalhar a poesia facilitando o
conhecimento de cada frase com materiais concretos existentes no seu cotidiano.
Ilustração
da poesia e exposição dos trabalhos.
·
Materiais:
Área
externa: canteiro da escola “terra”
Cartolinas
Giz de cera
·
Justificativa:
Aprimorar o
conhecimento pela cultura brasileira, valorizando a importância de recitar.
Ampliar o
vocabulário sociocultural de cada criança.
·
Avaliação
Será
avaliada a participação individual de cada participante, o envolvimento, a
capacidade e o interesse. Espera-se que esta aula estimule a imaginação das
crianças e a atitude de levar adiante o aprendizado.
Conclusão
Ao realizar as etapas da
atps podemos perceber a importância do espaço escolar para a aprendizagem das
crianças independente de serem especiais ou não. Como percebemos o ambiente age
como o segundo educador, pois através de ambientes propícios, livros infantis a
sua disposição ela descobre um novo mundo, sabemos que a criança aprende apenas
em olhar um cartaz com imagens ilustrativas, como por exemplo, cartazes de
higiene pessoal, ela verá aquilo e apenas olhando ela trará aquele conhecimento
para a sua vida.
É claro que nós como
educadores devemos deixar a criança explorar aquele novo ambiente e
consequentemente passar para ela a importância de estar naquele local e
trabalhar em cima daquilo, seja em uma horta, jardim ou parque é nas pequenas
coisas que levamos o conhecimento do mundo para ela.
Sem duvida, a educação
infantil abre as portas para o conhecimento, conhecimento esse, que nossas
crianças levarão para a vida, aprenderão limites e conseguirão viver em
sociedade.
Referências:
Alton, S. (2006) Information Sheet: Reading. Down’s Syndrome Association Black, B. (2006) Information Sheet: IT in the Early Years. Down’s Syndrome Association
Bandeira, Pedro. Mais respeito, eu sou criança. 2º
Ed. São Paulo: Moderna, 2002
Buckley, S. & Bird,G.
(2000-2004) Down Syndrome Issues & Information. DownsEd. Creche: organização, currículo,
montagem e funcionamento.
Gilda Rizzo. Bertrand Brasil, 2000.
Educação Infantil: Muitos Olhares. Zilma Tamos de Oliveira (org.).
Editora Cortez, 2007.
Educação Infantil: Creches. Anete Abramovicz e Gisela Wajskop. Editora Moderna, 1999.
Educação Infantil: Creches. Anete Abramovicz e Gisela Wajskop. Editora Moderna, 1999.
Lorenz, S. & Nicholas, E. (eds.)
(2003) Education Support Pack. Down’s Syndrome Association.
OLIVEIRA, Zilma R. de (org.). Educação
infantil: fundamentos e métodos. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
Parâmetros Curricular Nacional Para a Educação Infantil. Brasília, 1988.
Sites:
http://www.youtube.com/watch?v=Gdg2j_y-BsQ. Acesso em 14/11/14.
http://www.direcionaleducador.com.br/curso-livre-sequencia-didatica-na-educacao-infantil/a-sequencia-didatica-no-planejamento-da-rotina. Acesso em 14/11/14.
http://www.movimentodown.org.br/2013/02/educacao-infantil/#sthash.8kzZ7iKq.dpuf. Acesso em 14/11/14.
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