terça-feira, 22 de março de 2016

ATPS EDUCAÇÃO INFANTIL

ATPS
ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Etapa 03: Resumo: “Os ambientes de aprendizagem como recursos pedagógicos” livro–texto (PLT).

A preocupação com os ambientes de aprendizagem esteve presente no final do século XIX e inicio do século XX, mas foi desaparecendo no decorrer dos anos por conta de instituições criadas em situações impróprias com ambientes desfavoráveis e inadequados, comprometendo o desenvolvimento das crianças e o processo de ensino e aprendizagem.
O ambiente físico situado em creches e pré-escolas necessita de todo os aparatos e arranjos espaciais, pois é através destes elementos que os educandos serão estimulados e influenciando até mesmo em seu comportamento.
Alguns educadores acreditam que o ambiente adequado para a creche e pré- escola está apenas relacionada ao espaço psicofísico ou higiênico (arejamento, iluminação, conforto, número de crianças por metro quadrado, relação existente entre mobiliário e equipamentos).
Na concepção educacional todo ambiente, sem exceção é um espaço organizado, sendo devidamente necessário observar se condiz com a proposta pedagógica da instituição e vice – versa. O espaço deve ser voltado para priorizar o educando, criando nele um ambiente acolhedor, criativo, de interação, e deve acomodar até mesmo algumas de suas criações. O ambiente não pode ser entediante e sim estimulador para que cause interesse e vontade de explorar.
O planejamento do espaço da creche ou pré- escola introduz na criança estímulos visuais e cinéticos, em que as características dos objetos, brinquedos, blocos, telas, livros, entre outros são interpretados como determinadas histórias de ação.
É importante a organização das diversas áreas chamadas “cantinhos”, onde a criança pode interpretar e vivenciar papéis interagindo e explorando todas as áreas; cabendo ao professor ser apenas um mediador deixando o educando livre neste momento apenas os auxiliando.
Através desse momento a criança também desenvolve inúmeras habilidades, seja ela cognitiva, motora, afetiva, memória, fala e imaginação. Cabe ao educando construir e organizar entre eles um ambiente acolhedor, garantindo que as crianças se sintam seguras e emocionalmente, orientando- os e construindo regras básicas em diversas atividades para que eles possam ter disciplina e ser independentes.
https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRWMqH4OaTocq5_5oTG0J-mgg0SNQe6VMGHepNOKerFQV-UGuVuTwEducação Infantil. Sala multiuso. Foto: Vilmar Oliveira
                         https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRfRQkVB7GPXZ0gMZkO5GWbBhYfclnrtE-9bhjWPJqOo0HR8eGY

Educação Infantil, lugar de aprendizagem.

Como organizar os espaços da creche e da pré-escola e integrá-los à rotina pedagógica, matéria publicada pela a editora assistente do site Nova Escola, Paula Nadal.


Para os pequenos, quase tudo na vida é brincadeira. Por isso, na Educação Infantil, não faz sentido separar momentos de brincar dos de aprender. Essa simultaneidade pede que espaços e rotina da escola sejam planejados de modo a proporcionar multiplicidade de experiências e contato com todas as linguagens, o tempo todo. Sem abrir mão, é claro, dos cuidados com segurança e saúde.
É nesse ambiente de aprendizagem que as crianças vão socializar-se e ganhar autonomia. "Dentro do espaço da Educação Infantil é necessária à integração entre o educador, o planejamento pedagógico e a organização dos lugares, que funcionam como mais um elemento educativo, como se fossem um professor a mais", explica Elza Corsi, formadora do Instituto Avisa lá, de São Paulo.
Com essa concepção, que vai muito além da visão assistencialista, órgãos como Ministério da Saúde e Ministério da Educação prepararam documentos para orientar a organização dos espaços nesse segmento.
Creche (0 a 3 anos)
Até os 2 anos de idade, as crianças apresentam necessidades muito individuais e o educador de creche tem de saber lidar com essas necessidades ao longo da rotina. "O professor precisa compreender que os espaços são importantíssimos para a criança", diz a formadora Elza Corsi.
Para tanto, o conselho é planejar detalhadamente as atividades que serão realizadas nos espaços internos e externos da escola. Ainda bebês, é recomendável que as crianças participem das primeiras rodas de história e de música, além das brincadeiras dentro e fora da sala, que as desafiem para movimentar-se. Pendurar tecidos no teto ou criar pequenos obstáculos no chão e paredes da sala de atividades e do solário com papel bolha, papel cartão, tecidos e espuma podem estimular essas conquistas e tornar os ambientes convidativos. Espelhos também são essenciais para a descoberta da identidade e da expressividade.
O período entre 2 e 3 anos é caracterizado pela formadora como "a adolescência da infância". É quando as crianças começam a entrar no jogo simbólico, se apropriam da palavra "não", passam a controlar os esfíncteres e fazem suas primeiras escolhas. Neste período os pequenos aprendem regras para a boa convivência com os outros e enfrentam os primeiros desafios de autocuidado, como lavar as mãos, limpar o nariz e calçar o sapato, por exemplo. Mesmo que, nesta fase, as crianças ainda tenham mais vontade de executar tarefas do que habilidade propriamente dita para concluí-las, o professor deve estimulá-las e cumprir com o papel de orientador e mediador de conflitos. Vale aproveitar o ímpeto dos pequenos e contar com a ajuda deles para que organizem espaços e criem bons hábitos. As atividades com melecas - massinha ou tintas de pigmentos naturais -, os desenhos e as garatujas são altamente exploráveis, assim como as brincadeiras e os desafios corporais e linguísticos.
Recomenda-se que, tanto para as turmas de berçário, quanto para as de minigrupo, tenha-se um educador para cada seis crianças.
Pré-escola (4 e 5 anos)
Entre os 4 e os 5 anos, as evidências do pensamento sincrético - que mescla realidade à fantasia para construir o conhecimento - são cada vez maiores. O professor tem de orientar os pequenos para que definam melhor as noções de tempo e espaço e comecem a solucionar problemas e encontrar explicações para os fenômenos naturais.
A rotina na escola tem de ser flexível o bastante para que o professor tome decisões sobre a duração de cada atividade. Todos os cantos das salas podem ser explorados para estimular a interação e criar atividades complementares - para garantir a autonomia do ritmo de cada criança.
1. Salas de atividades  Para cada turma de crianças entre 4 e 5 anos organize pelo menos uma sala de atividades que estimule as explorações, brincadeiras, socialização e privacidade das crianças. Estruture-as com quadro, cabides para mochilas, prateleiras, mesas, cadeiras, almofadas, colchonetes, calendário, relógio, livros e espaço para fixação de trabalhos, na altura das crianças. Também instale armários para guardar roupas, fantasias, brinquedos e outros materiais pedagógicos. Espelhos ajudam no desenvolvimento e alimentam as fantasias. Se possível, tenha em sala uma pia para a lavagem das mãos e água potável à disposição de todos. Caso contrário, tente manter os banheiros infantis próximos. Organize os cantinhos e faça com que cada um dos espaços da sala tenha algo atrativo e estimulante para a criança, oferecendo boas atividades complementares.
2. Sala multiuso  Embora as salas de atividades já sejam concebidas como salas multiuso, vale ter um espaço para atividades especiais no planejamento pedagógico da instituição. A sala multiuso pode servir como alternativa à biblioteca e sala de vídeo. Contribui para as experiências com diferentes linguagens - plástica, simbólica, musical, oral e escrita. Nela, procure colocar colchonetes, pufes, almofadas de diferentes tamanhos e texturas, televisão, DVD, aparelho de som, computador, estantes baixas com livros, além de murais na parede para a fixação de trabalhos de desenho, pintura e cenários de teatro. Se houver espaço disponível na instituição, organize um ateliê para ter mais liberdade de exploração de materiais nos trabalhos de arte, que são de extrema relevância para o desenvolvimento das crianças.
3. Banheiros  As crianças precisam ter o máximo de autonomia nos banheiros. Por isso, tente garantir um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório para cada 20 crianças. Todas as peças precisam ser baixas. Evite quinas e outros objetos pontiagudos, assim como chaves ou trincas nas portas. Mantenha o banheiro dos adultos em ambiente separado, com cabines de vestiário. Para facilitar a mobilidade das crianças e promover a acessibilidade, construa rampas e coloque barras de apoio nas cabines sanitárias. Sugestão que, aliás, vale para a acessibilidade de todos os espaços da instituição.

Etapa 04: Síntese do Parâmetro Curricular Nacional da Educação Infantil – “Respeito à diversidade”. Brasília, 1988.

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Educação Especial

Deve ser valorizar e promover o convívio com as diferenças, a criança que convive com as particularidades desenvolvem valores éticos, coo dignidade, respeito ao outro, solidariedade, etc.
A LDB determina “a oferta de educação especial tem inicio na faixa etária de zero a seis anos”.
A integração depende da estrutura organizacional da instituição considerando: “grau de deficiência e as potencialidades de cada criança, idade cronológica, disponibilidade de recursos humanos e materiais, condições socioeconômicas e culturais da região, estagio de desenvolvimento dos serviços de educação especial já implantando nas unidades federadas”.


Educação Infantil para alunos portadores da Síndrome de Down

A Educação Infantil é muito importante para o desenvolvimento de qualquer pessoa. Os estímulos que uma criança recebe nos primeiros anos de vida vão interferir diretamente na sua trajetória escolar e no seu desenvolvimento futuro. A entrada da criança com síndrome de Down ou outras deficiências intelectuais na educação infantil regular costuma trazer resultados muito positivos, sobretudo se a instituição está preparada para promover a inclusão.
Crianças com síndrome de Down que se misturam com seus colegas sem deficiência beneficiam não só a si mesmas, mas também as outras crianças dessa comunidade. Enquanto aprendem com as crianças de desenvolvimento considerado normal, que servem como exemplos de comportamento e de conquistas apropriadas para cada idade, é possível que elas precisem de ajuda e apoio adicionais.
A maioria das crianças com síndrome de Down estará em um estágio de desenvolvimento social e emocional anterior aos de seus colegas devido às dificuldades de aprendizagem. Além disso, é mais difícil para elas absorver convenções de maneira intuitiva. Como consequência, seu entendimento de mundo será menos avançado e seu comportamento pode estar mais equilibrado com o de crianças mais novas.
Para qualquer criança, é muito mais difícil fazer progressos em áreas cognitivas até serem capazes de se comportar e interagir com os outros de uma maneira aceitável socialmente e de responder apropriadamente ao contexto imediato. O foco da ajuda e do apoio adicional nos primeiros anos deve, assim, ser a aprendizagem de regras para o comportamento social normal e apropriado. Os objetivos da inclusão social para a criança pequena com síndrome de Down incluem:
·         Aprender a participar e interagir.
·         Dar retorno a pedidos verbais e instruções.
·         Aprender padrões típicos de comportamento, por exemplo, saber a sua vez, dividir, fazer fila, sentar.
·          Aprender a brincar em cooperação.
·         Desenvolver independência: autoajuda e habilidades práticas.
·         Desenvolver amizades.
·          Preocupar-se com os outros.
Crianças com síndrome de Down frequentemente têm períodos de concentração menores que seus colegas. Também têm mais dificuldade em processar demandas por mais de um sentido por vez (por exemplo: copiar e ouvir), o que inibe sua habilidade de concentração. Essas dificuldades são particularmente aparentes nos primeiros anos e muitas crianças pequenas podem se distrair facilmente, flutuando de uma atividade para outra.
Quanto menos definida e mais informal for à situação, mais difícil será para a criança pequena canalizar a atenção para uma atividade que dure. Crianças com síndrome de Down respondem bem a estruturas e rotinas e são capazes de apreendê-las bem. Ensiná-las a rotina e a estrutura dos seus dias com o auxílio de sugestivos recursos visuais fortes e claros, como fotografias e objetos de referência, pode ajudá-las a aprender. Por esses meios, elas podem entender melhor seu ambiente, aprender o comportamento apropriado para situações e atividades específicas, e prever a próxima atividade. Dificuldades com a compreensão de explicações e instruções verbais também são superadas.

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PLANO DE AULA

·         Tema: Poesia - Vai já pra dentro, menino - Pedro Bandeira.



Vai já pra dentro menino!
Vai já pra dentro estudar!
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUpeuNlXavOfQxT9J5JpKsJUHv5_pgjtobyN-aQ7IEreyOcHk5BvDCbQgbCMxC3Ub3O8LyUX8fAm0jT3oml6x_p6GOTpDpw1RJewrNRlEFHpDQT3QNKHhBAO7x7xwIE2VjaZZY-SQ75znl/s1600/20131118_151855.jpgÉ sempre essa lenga-lenga
Quando o que eu quero é brincar...
Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
http://www.movimentodown.org.br/wp-content/uploads/2013/02/hamed_educacao.jpgMas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!
Há tempo pra conhecer,
    Há tempo pra explorar!
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinXdTjs3vLfTGXY63gaf8MSFZ6Pyjbt8v71xIooB1OZH6QmhsLDAN-dzpQsFjvOzwA2YRyVeRBq0uVxTHyNQeS_IEdpQU3Qz6Zb6WmnmGJu_qqkLDqeMHsug83V8SgtBtmQG84lFLlqbA4/s1600/14+-+4    Basta os olhos abrir,
    E com o ouvido escutar.
    Aprende-se o tempo todo,
    Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim
http://imguol.com/2012/09/21/criancas-brincam-no-patio-da-crechepre-escola-oeste-da-usp-universidade-de-sao-paulo-1348244561809_956x500.jpgTerminando no começo!
Se eu me fecho lá em casa,
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?
Como eu vou saber da chuva
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsUyhwNRS2ibpsNOt-CkKO07vZqrKvPVBIQqlnH4UKBaSIxK-mqFK2Rq2bg3DY2vFxCn_zQMmYjOJ5uExH6jWkW-nbzIbugN_uyEXaJOMk_4Vp_wgQQ4UZlzh50HnXt_DJL2VAbYIAo1Kb/s1600/Apoio+Educativo2.jpgSe eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
E eu nunca me queimar?
“Como eu vou saber da terra”
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
http://2.bp.blogspot.com/-iRoV3nTwzC8/TpcdFc3N98I/AAAAAAAAAUU/DZumyRVyjpU/s1600/S6300681%255B1%255D.jpgSem aprender gostar?
Quero ver como os meus olhos,
Quero a vida até o fundo.
Quero ter barro nos pés,
“Eu quero aprender o mundo”!




·         Faixa etária: 05 anos

·         Público alvo: Educação Infantil (05anos)

·         Objetivos:
Proporcionar conhecimentos aos alunos portadores da Síndrome de Down da poesia
Desenvolver a oralidade.
Estimular a linguagem oral e escrita.
Trabalhar o estado cognitivo e habilidade de cada criança.
Possibilitar expressão de sentimento, através da poesia.

·         Conteúdo: Poesia: “Vai já pra dentro, menino” - Pedro Bandeira.

·         Estratégias:
Em roda de conversa falar sobre o autor da poesia, trabalhar a poesia facilitando o conhecimento de cada frase com materiais concretos existentes no seu cotidiano.
Ilustração da poesia e exposição dos trabalhos.

·         Materiais:
Área externa: canteiro da escola “terra”
Cartolinas
Giz de cera

·         Justificativa:
Aprimorar o conhecimento pela cultura brasileira, valorizando a importância de recitar.
Ampliar o vocabulário sociocultural de cada criança.

·         Avaliação
Será avaliada a participação individual de cada participante, o envolvimento, a capacidade e o interesse. Espera-se que esta aula estimule a imaginação das crianças e a atitude de levar adiante o aprendizado.

Conclusão
Ao realizar as etapas da atps podemos perceber a importância do espaço escolar para a aprendizagem das crianças independente de serem especiais ou não. Como percebemos o ambiente age como o segundo educador, pois através de ambientes propícios, livros infantis a sua disposição ela descobre um novo mundo, sabemos que a criança aprende apenas em olhar um cartaz com imagens ilustrativas, como por exemplo, cartazes de higiene pessoal, ela verá aquilo e apenas olhando ela trará aquele conhecimento para a sua vida.
É claro que nós como educadores devemos deixar a criança explorar aquele novo ambiente e consequentemente passar para ela a importância de estar naquele local e trabalhar em cima daquilo, seja em uma horta, jardim ou parque é nas pequenas coisas que levamos o conhecimento do mundo para ela.
Sem duvida, a educação infantil abre as portas para o conhecimento, conhecimento esse, que nossas crianças levarão para a vida, aprenderão limites e conseguirão viver em sociedade.

Referências:

Alton, S. (2006) Information Sheet: Reading. Down’s Syndrome Association Black, B. (2006) Information Sheet: IT in the Early Years. Down’s Syndrome Association
Bandeira, Pedro. Mais respeito, eu sou criança. 2º Ed. São Paulo: Moderna, 2002
Buckley, S. & Bird,G. (2000-2004) Down Syndrome Issues & Information. DownsEd. Creche: organização, currículo, montagem e funcionamento. Gilda Rizzo. Bertrand Brasil, 2000.
Educação Infantil: Muitos Olhares. Zilma Tamos de Oliveira (org.). Editora Cortez, 2007.
Educação Infantil: Creches. Anete Abramovicz e Gisela Wajskop. Editora Moderna, 1999.
Lorenz, S. & Nicholas, E. (eds.) (2003) Education Support Pack. Down’s Syndrome Association.
OLIVEIRA, Zilma R. de (org.). Educação infantil: fundamentos e métodos. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
Parâmetros Curricular Nacional Para a Educação Infantil. Brasília, 1988.


Sites:


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