Angola – Brasil: as histórias que nos unem pelas mãos de Ondjaki
A importância da diversidade cultural para as crianças
Trecho do conto "Ombela" (Foto: Reprodução/ Instituto Ler é Abraçar)
“O que quer, o que pode essa língua?” , já cantava Caetano Veloso, na sua épica letra sobre a Língua Portuguesa. O que Caetano faz é um tratado da nossa língua. Esse patrimônio falado em poucos países no mundo, mas que tem em seus escritores, expoentes imortais como Luís de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, Machado de Assis, Guimarães Rosa a nossa cultura imortal. É nosso. “Minha pátria é minha língua”, trecho de Pessoa que Caetano encaixa tão bem na letra de “Língua”, foi o que a leitura de Ondjaki me fez lembrar. Ondjaki é o pseudônimo do escritor angolano Ndalu de Almeida. Angola, mais um país que tem o Português como idioma.
Premiadíssimo pelo mundo afora, ele chegou ao Brasil e rapidamente seus livros alcançaram as pessoas e também arrebanhou prêmios por aqui. Reconhecimento necessário, nós precisamos valorizar a nossa língua, valorizar o que nos une. É preciso ler Mia Couto, é preciso ler Valter Hugo Mãe, é preciso ler Adélia Prado, Manoel de Barros!
E a valorização da nossa cultura começa de pequeno. Recentemente ganhou o prêmio da Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil Ondjaki. Mais um ano, mais uma vez. Em 2012 ele levou o prêmio pelo delicadíssimo livro “A Bicicleta que tinha bigodes”, e esse ano foi o sensível “Uma escuridão bonita: estórias sem luz elétrica”, um casal de jovens que aproveita a falta de luz em sua cidade e param para conversar. E agora recebemos um conto que conta a origem das chuvas, chamado “Ombela”. São livros que tem que conhecer. A Literatura africana de língua portuguesa nos conectando. Juntos somos mais forte. Viva a cultura!
Por Carolina Sanches, do Instituto Ler é Abraçar
http://mundogloob.globo.com/area-dos-pais/materias/angola-brasil-as-historias-que-nos-unem-pelas-maos-de-ondjaki.htm
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